BYPASS

A cirurgia bariátrica Bypass, também conhecida como Gastroplastia em Y de Roux (GYR) ou cirurgia de Fobi-Capella, é uma técnica cirúrgica que consiste em:

1- Diminuir o tamanho do estômago, restringindo sua capacidade a 50ml.

2- Criar um desvio intestinal, que além de reduzir a capacidade de ingestão de alimentos, irá aumentar a produção dos hormônios que dão saciedade, diminuindo a sensação de fome e de prazer ao comer.

Esses dois fatores atuando simultaneamente, levam a uma perda de peso que chega a 45%, além de controlar doenças relacionadas a obesidade como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doença pulmonar e/ou apneia obstrutiva do sono, esteatose hepática não alcoólica, colesterol alto, osteoartrose severa e doença do refluxo.

Esse é o tipo de cirurgia bariátrica mais feito no mundo, chegando a representar cerca de 75% dos procedimentos.

QUANDO É INDICADO E QUEM PODE FAZER A CIRURGIA BARIÁTRICA BYPASS

É comum ver as pessoas questionando qual é o peso mínimo para fazer a cirurgia bariátrica, mas não é o peso em si que dita se o paciente é apto ou não e sim os 4 fatores abaixo:

1) IMC

  • Acima de 40 kg/m², independentemente da presença de comorbidades.
  • Entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades.
  • Entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.

2) Idade

  • Entre 16 e 18 anos: sempre que houver indicação e consenso entre a família ou o responsável pelo paciente e a equipe multidisciplinar.
  • Entre 18 e 65 anos: sem restrições quanto à idade.
  • Acima de 65 anos: avaliação individual pela equipe multidisciplinar, considerando risco cirúrgico, presença de comorbidades, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento.

 

3) Tempo de doença

  • O paciente deve apresentar IMC estável há pelo menos 2 anos e comorbidades em faixa de risco, além de ter realizado tratamentos convencionais prévios. É necessário também, ter tido insucesso ou recidiva do peso, verificados por meio de dados colhidos do histórico clínico do paciente.
  • Entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.

 

4) Doenças associadas

  • Na presença de doenças relacionadas a obesidade como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doença pulmonar e/ou apneia obstrutiva do sono, esteatose hepática não alcoólica, colesterol alto, osteoartrose severa e doença do refluxo.

QUEM NÃO PODE FAZER O BYPASS

Não estão aptos pacientes:

  • Com IMC entre 25,1 e 29,9 sem presença de complicações relacionadas ao sobrepeso.
  • Que apresentem deficiência intelectual significativa.
  • Pacientes sem suporte familiar adequado.
  • Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso contínuo de álcool ou drogas ilícitas.
  • Doenças genéticas.

COMO FUNCIONA

O paciente normalmente obtém alta 48/72h após o procedimento, que dura cerca de 30 minutos.

Ele é dividido em apenas 3 partes:

Anestesia: primeiro, o paciente é anestesiado com anestesia geral.
Corte do estômago e intestino: depois, é feito um corte no estômago que o divide em 2 partes, sendo uma menor e outra maior, que praticamente perderá sua função. Em seguida é feito também um corte no intestino.
Ligação do intestino ao estômago: uma vez que os cortes já estão feitos, é hora de ligar, por meio de uma passagem em formato de tubo, o estômago menor ao intestino.
Unir a parte do intestino que ficou ligada à parte grande do estômago ao tubo: esta ligação permite que o alimento, que vem da ligação anterior criada, se misture com as enzimas digestivas, ocorrendo à digestão.

Quando alimentos não digeridos chegam a parte final do intestino delgado , estimulam a liberação de alguns hormônios (chamados incretinas ) entre eles um chamado GLP1 , que induz o pâncreas a produzir mais insulina controlando assim o açúcar no sangue e diminuindo a velocidade de digestão , fazendo com que o paciente sinta se saciado.

Além disso, no sleeve, quando se come o fato do estomago estar com menor calibre, faz com que ele se distenda rapidamente, levando a produção de uma outra incretina, chamada Lepitina, que também gera sensação de saciedade.

Na clínica Dr. Marcello Giovani, esta cirurgia é feita por videolaparoscopia, ou seja, é inserida uma microcâmera no abdômen do paciente, que permite o cirurgião comandar os instrumentos observando o interior do organismo por uma tela.

QUANTO TEMPO PARA O ESTÔMAGO CICATRIZAR?

São necessários cerca de 30 dias para que o estômago cicatrize. Com 15 dias as chances de complicações pós-cirúrgicas como vazamentos da linha de grampos ou sangramentos.

É muito comum os pacientes nos questionarem em quanto tempo é possível voltar a trabalhar depois de fazer a cirurgia bypass.

A resposta é: depende. É provável que em duas semanas o paciente esteja apto ao retorno, mas é necessário levar em consideração o tipo de trabalho exercido, pois o nível de energia do paciente fica comprometido durante um período, fazendo com que ele fique exausto facilmente. Além disso, profissões que exigem esforço físico, deverão ser analisadas com cautela por conta dos cuidados pós-operatórios.

QUAL MÉDICO REALIZA ESSE TIPO DE CIRURGIA

Este tipo de procedimento deve ser feito por um cirurgião do aparelho digestivo ou cirurgião geral com área de atuação em cirurgia bariátrica.

QUANTOS QUILOS PERDE

A perda de peso estabiliza-se em média 18 meses após a cirurgia e a maior porcentagem de perda acontece entre os primeiros 12 e 14 meses de pós-operatório, sendo que os pacientes da bypass perdem de 30 a 75% de seu peso total.

TEMPO DOS EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS ATÉ A CIRURGIA

Depende fundamentalmente do tempo em paciente consegue realizar seus exames e avaliações. É muito importante, que o paciente esteja bem preparado e seguro. O tempo médio, gira em torno de 90 dias.

CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS

A Clínica Dr. Marcello Giovani, é reconhecida pelo atendimento extremamente humanizado, cada paciente é tratado como único, tendo suas necessidades, anseios e desejos ouvidos e considerados em cada fase do tratamento.

Após entender os detalhes necessários, o paciente passa por sessões com Nutricionistas e Psicólogos para aí sim, se diagnosticado como apto a fazer a cirurgia, realizar os exames necessários abaixo:

  • EDA – Endoscopia Digestiva Alta com pesquisa de H. pylori.
  • USG – Ultrassonografia de abdome total.
  • Ecocardiograma com Doppler colorido.
  • RX Tórax PA e perfil.
  • Prova de função pulmonar com teste broncodilatador.
  • Eletrocardiograma.
  • Doppler arterial e venoso de membros inferiores.
  • Polissonografia.

Laboratoriais:

  • Hemograma.
  • Ureia, creatinina.
  • Glicemia, HbA1c.
  • TGO, TGP, FA, Gama GT.
  • TSH, T4 livre.
  • Ferro, Ferritina.
  • Zinco, Magnésio.
  • Ácido úrico, ácido fólico.
  • Vitamina B12, Hidroxi D25.
  • Colesterol Total e frações.
  • Triglicérides.
  • Coagulograma.
  • Sorologia para hematite B e C.
  • HIV.
  • Beta HCG (para mulheres).
  • Urina I e Urocultura.
  • Proteínas totais e frações.
  • Bilirrubinas totais e frações.

CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS E RECUPERAÇÃO

O pós-operatório costuma ser temido por exigirem força de vontade, resiliência e dedicação.

É necessário que o paciente siga com o acompanhamento dos especialistas citados acima e que tome os cuidados para que a recuperação e a efetividade da cirurgia sejam satisfatórias.

Cuidados gerais

  • Fazer o curativo do abdômen com profissionais uma semana após a cirurgia;
  • Retirar o dreno, que é um recipiente para onde sai os líquidos em excesso do estoma, consoante indicação médica;
  • Tomar medicamentos inibidores da produção de ácido, como Omeprazol, antes das refeições para proteger o estômago segundo indicação médica;
  • Evitar esforços nos primeiros 30 dias para evitar que algum grampo se solte.

NUTRIÇÃO

A questão mais debatida é em relação à dieta, suas fases e permissões.

Fase 1

Dieta Líquida Clara

Considerada uma dieta de baixo valor calórico – em média, 500 kcal/dia -, a Dieta Líquida Clara possui pouquíssimos ou nenhum resíduo alimentar e tem como objetivo o repouso intestinal para que ele se recupere e adapte ao novo formato.

Duração: 3 a 10 dias.

O que pode: sucos coados (evitando frutas ácidas), chás como camomila, cidreira e erva doce, água de coco e alguns caldos de legumes e carnes coados após o cozimento e sem gordura.

Volume recomendado: 20 a 50ml em intervalos que variam de 10 a 30 minutos.

Fase 2

Dieta Cremosa

Nesta fase, aumenta-se levemente a quantidade de calorias consumidas sem comprometer o processo de emagrecimento e recuperação da cirurgia bariátrica.

Duração: 5 a 10 dias.

O que pode: alimentos liquidificados e coados ainda são necessários e a suplementação proteica deve ser priorizada. Nesta etapa, começam a ser introduzidos leite, iogurtes, sopas batidas no liquidificador e gelatinas.

Fase 3

Dieta Pastosa

Na terceira fase da dieta pós-bariátrica, o paciente passa a se alimentar com texturas que possibilitam a mastigação, priorizando alimentos ricos em proteínas.

Duração: 20 a 30 dias.

O que pode: purês, papa de arroz, polenta, legumes esmagados como abóbora, chuchu e beterraba, caldo de feijão, carnes magras desfiadas e ovo mole, mexido ou em forma de omelete.

Fase 4

Dieta Branda

Neste momento o paciente passa a se preparar para voltar a se alimentar normalmente. 

Duração: 20 a 30 dias.

O que pode: arroz e legumes bem cozidos, sopas, carnes magras macias ou desfiadas e frutas sem casca ou bagaço.

Fase 5

Dieta Normal

Agora que o paciente passou pelo repouso do trato digestivo e das fases de readaptação, incluindo o processo de mastigação, a maioria dos pacientes estão aptos a voltar à rotina alimentar, mas com moderação.

Duração: contínua.

O que pode: alimentos sólidos, mas ainda com o cuidado de observar a textura a fim de tornar o processo de mastigação eficaz até que a recuperação seja completa.

Suplementação de proteína pós-bariátrica

É fundamental ressaltar que a efetividade desejada depende integralmente da mudança de hábitos alimentares e da prática de exercícios físicos.

EFEITOS COLATERAIS E RISCOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA SLEEVE

Muitas pessoas se perguntam se a cirurgia bariátrica é perigosa. A taxa de mortalidade varia entre 0,1% e 1,1%, dependendo da intervenção realizada. Esse tipo de cirurgia apresenta menos risco de morte que uma cirurgia de vesícula, por exemplo.

Cada corpo reage de forma diferente a cirurgia, mas listamos aqui alguns efeitos colaterais que podem ser percebidos depois da cirurgia, mas que passam conforme o corpo vai se adaptando à nova realidade.

  • Queda de cabelo.
  • Gosto ruim na boca.
  • Vômito.
  • Gases.
  • Dificuldade de evacuar.

Além disso, é necessário fazer acompanhamento médico para evitar tromboembolismo pulmonar, deiscência da sutura, fístulas, estenoses (estreitamento), infecções, hemorragia, hérnia ou torção de alça intestinal.

QUANTO TEMPO DEPOIS DA BARIÁTRICA SÃO PERMITIDOS EXERCÍCIOS FÍSICOS

Cirurgias feitas por videolaparoscopia tendem a permitir que o paciente possa fazer exercícios físicos mais rapidamente por não ser “aberta”.

O indicado é que o paciente comece com caminhadas leves, que podem ser realizadas, na maioria dos casos, já no primeiro mês depois da cirurgia.

Pegar peso e fazer outras atividades de maior intensidade, dependem de avaliações médicas.

COMO FICA O SEXO

A obesidade em si, gera grandes transtornos a atividade sexual. O obeso normalmente tem baixa autoestima e tem dificuldade de aceitação do próprio corpo. É claro, que após o processo de emagrecimento a tendência é haver uma melhora, por esse aspecto.

REGANHO DE PESO

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, estudos apontam que mais de 90% dos pacientes bariátricos são capazes de manter a perda de peso em longo prazo, com eliminação de 50% ou mais do excesso de peso corporal.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE BYPASS E SLEEVE?

Os procedimentos são bastante distintos. Para que não fique nenhuma dúvida, preparamos para você uma tabela que você encontra apenas aqui, no nosso site!

Consiste em construir um novo pequeno reservatório gástrico (estômago com cerca de 50ml) e anastomosar (costurar) este reservatório com o intestino mais abaixo, cerca de 1 metro mais curto. O restante do estômago e o intestino desviado não são retirados do organismo. Ficam apenas excluídos do trajeto percorrido pelos alimentos e enzimas digestivas.

Procedimento

Consiste na construção de um novo estômago em forma de um tubo fino através da remoção de 70% a 80% do estômago original, o que restringirá a ingestão alimentar. Apresenta, também, um controle hormonal da fome por reduzir a produção de grelina.

1 hora e meia.

Duração da cirurgia

30 minutos.

3 a 5 dias.

Tempo de internação

2 a 3 dias.

Mais invasiva.

Invasão

Menos invasiva.

Perda de 30 a 35%

Perda de peso

Perda de 30 a 75%

QUAL A DIFERENÇA ENTRE BYPASS E SLEEVE?

Os procedimentos são bastante distintos. Para que não fique nenhuma dúvida, preparamos para você uma tabela que você encontra apenas aqui, no nosso site!

Procedimento

Bypass:

Consiste em construir um novo pequeno reservatório gástrico (estômago com cerca de 50ml) e anastomosar (costurar) este reservatório com o intestino mais abaixo, cerca de 1 metro mais curto. O restante do estômago e o intestino desviado não são retirados do organismo. Ficam apenas excluídos do trajeto percorrido pelos alimentos e enzimas digestivas.

Sleeve:

Consiste na construção de um novo estômago em forma de um tubo fino através da remoção de 70% a 80% do estômago original, o que restringirá a ingestão alimentar. Apresenta, também, um controle hormonal da fome por reduzir a produção de grelina.

Duração da cirurgia

Bypass: 1 hora e meia.

Sleeve: 30 minutos.

Tempo de internação

Bypass: 3 a 5 dias.

Sleeve: 2 a 3 dias.

Invasão

Bypass: Mais invasiva.

Sleeve: Menos invasiva.

Perda de peso

Bypass: Perda de 30 a 35%

Sleeve: Perda de 30 a 75%

QUE TIPO DE CIRURGIA BARIÁTRICA É MAIS INDICADA?

Nos casos em que o paciente precisa perder mais peso, é indicado o método Bypass, já se ele tiver uma idade mais avançada, por exemplo, o método Sleeve é mais indicado por ser menos invasivo.

De qualquer forma, a escolha do método a ser utilizado é feita pelo médico, mediante análise de critérios e exames.

Agora que você já conhece tudo sobre esse tipo de cirurgia, entre em contato com a gente para agendarmos uma consulta. Teremos o maior prazer em tirar eventuais dúvidas que restaram.

Fontes: Portal Minha Vida, Tua Saúde, Prodiet e Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica